terça-feira, 21 de junho de 2011

Jesus é o Servo Sofredor

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A crença judaica atual sobre Jesus (ver historicidade de Jesus) é que ele foi apenas um mestre que enganou o povo, e que foi crucificado a mando de Pôncio Pilatos por causa de suas blasfêmias e mentiras. Por causa disso, a teologia judaica tradicional não aplica a Jesus nenhuma profecia do Antigo Testamento, como o fazem os cristãos.

Nesse post, veremos que as profecias do Antigo Testamento previam a chegada de um ''servo sofredor'', que morreria pelos pecados dos homens. E que essas passagens proféticas só podem ter seu cumprimento na vida e ministério de Jesus.

Começando com o primeiro ''Cântico do Servo Sofredor'', no capítulo 42 de Isaías, observamos as seguintes características a respeito do Servo:

(a) Ele é escolhido pelo SENHOR, ungido pelo Espírito e recebe a promessa de sucesso na empreitada (Isaías 42:1,2);
(b) A justiça é uma preocupação fundamental em seu ministério (Isaías 42:1,4);
(c) Seu ministério tem uma abrangência internacional (Isaías 42:1,6);
(d) Deus o predestinou para o seu chamado (Isaías 49:1);
(e) Ele é um mestre talentoso (Isaías 49:2);
(f) Ele enfrenta desânimo em seu ministério (Isaías 49:4);
(g) Seu ministério estende-se aos gentios (Isaías 49:6);
(h) O servo encontra forte oposição e resistência aos seus ensinamentos, até mesmo de natureza violenta (Isaías 50:4-6);
(i) Ele estava determinado a completar aquilo que Deus o chamou para fazer (Isaías 50:7);
(j) O servo tem origens humildes, com poucas possibilidades exteriores de sucesso (Isaías 53:1,2);
(k) Ele experimenta sofrimento e aflição (Isaías 53:3);
(l) O servo aceita o sofrimento vicário em favor de seu povo (Isaías 53:4-6,12);
(m) Ele é morto depois de ter sido condenado (Isaías 53:7-9);
(n) Incrivelmente, ele volta a vida e é exaldado acima de todos os governantes (Isaías 53:10-12; 52:13-15).

Além dessas observações, nota-se que o servo também não teve pecado (Isaías 53:9).

Uma simples leitura superficial dessas passagens deveria deixar poucas dúvidas de que o Servo Sofredor é Jesus. De fato, a interpretação judaica tradicional das passagens do Servo era que elas prediziam o Messias que estava por vir.

Entretanto, quando os judeus começaram a ter contato com apologistas cristãos cerca de mil anos atrás, reinterpretaram o Servo Sofredor como sendo a nação de Israel. O primeiro judeu a afirmar que o Servo Sofredor era a nação de Israel, em vez do Messias, foi Shlomo Yitzchak, mas conhecido por Rashi (1040-1105 d.C). Atualmente a visão de Rashi domina a telogia judaica.

Infelizmente, para Rashi e para muitos teólogos muçulmanos atuais, existêm pelo menos três erros fatais quando à afirmação de que Israel é o Servo Sofredor.

Em primeiro lugar, diferentemente de Israel, o Servo Sofredor não tem pecado (Isaías 53:9). Dizer que Israel é sem pecado é contradizer e negar praticamente todo o Antigo Testamento. O tema recorrente no Antigo Testamento é que Israel pecou ao quebrar os mandamentos de Deus e buscar outros deuses, em vez de seguir o único e verdadeiro Deus.

Se Israel não tinha pecados então por que Deus conferiu aos judeus um sistema sacrificial? Por que tinham um Dia da Expiação? Por que precisaram constantemente de profetas para advertí-los e pararem de pecar e se voltarem a Deus?

Em segundo lugar, diferentemente de Israel, o Servo Sofredor é um cordeiro que se submete sem nenhuma resistência que seja (Isaías 53:4-6, 8, 10-12). A história nos mostra que Israel certamente não é um cordeiro - ela não afirma isso com relação a ninguém.

Em terceiro lugar, diferentemente de Israel, o Servo Sofredor morre em expiação substituitiva pelos pecados dos outros (isaías 53:4-6,8,10-12). Mas Israel não morreu nem está pagando pelos pecados dos outros. Ninguém é redimido em função daquilo que Israel faz. Nações e os indivíduos que as compõem são punidos por seus próprios pecados.

Se Isaías fosse a única passagem profética do Antigo Testamento, já seria suficiente para demonstrar a natureza divina pelo menos do livro de Isaías. Mas existem várias outras passagens do Antigo Testamento que predizem a vinda de Jesus Cristo, ou são, por fim, cumpridas por ele. Vejamos algumas:

• É da desdendencia [semente] da mulher (Gênesis 3:15);
•  É da descendência de Abraão (Gênesis 12:1-3);
• É da tribo de Judá (Gênesis 49:10);
• É da linhagem de Davi (Jeremias 23:5,6);
• É tanto Deus quanto homem (Isaías 9:6);
• Nasceu em Belém (Miquéias 5:2);
• Foi precedido por um mensageiro e visitou o Templo antes de ser destruído em 70 d.C. (Miquéias 3:1);
• Ressucitou dos mortos (Isaías 53:11).

Jesus Cristo de Nazaré é o único candidato possível. Somente ele se encaixa em todas as profecias.

Conclusão

Como vimos, há uma falha grave na interpretação judaica das profecias do Antigo Testamento. Primeiramente porque há uma predisposição em não aceitar que o Jesus difamado pelo Talmude seja o Servo Sofredor predito pelo profeta Isaías. E falha também em querer atribuir a si tais profecias, como fez Rashi. Jesus é o único que cumpre tais profecias cabalmente.

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